A inteligência artificial na saúde suplementar vem trazendo benefícios significativos para as operadoras de planos de saúde, profissionais de saúde e pacientes. Com o crescimento dos avanços tecnológicos e a disponibilidade de grandes volumes de dados na área da saúde, a aplicação da inteligência artificial tem se tornado cada vez mais relevante.
Uma das principais áreas em que a inteligência artificial é aplicada na saúde suplementar é a análise de dados. Com algoritmos de machine learning e processamento de linguagem natural, é possível extrair informações valiosas dos registros médicos eletrônicos, prontuários, laudos, entre outros documentos. Isso permite identificar tendências, padrões e insights que podem ajudar na tomada de decisões clínicas, no gerenciamento de doenças crônicas e na prevenção de complicações.
Além disso, a inteligência artificial também pode ser utilizada na detecção de fraudes e desperdícios nos sistemas de saúde suplementar. Com a análise de dados em tempo real, é possível identificar potenciais irregularidades e comportamentos suspeitos, contribuindo para a redução de custos e a melhoria da eficiência das operadoras de planos de saúde.
Outra aplicação da inteligência artificial na saúde suplementar é a personalização do atendimento e tratamento. Com base nos dados de cada paciente, é possível desenvolver modelos preditivos que auxiliam no diagnóstico, prognóstico e na escolha do melhor plano de tratamento para cada indivíduo. Isso resulta em uma abordagem mais precisa e individualizada, melhorando os resultados de saúde e a satisfação dos beneficiários.
A telemedicina também se beneficia da inteligência artificial na saúde suplementar. Com a análise de imagens médicas, por exemplo, é possível agilizar o processo de diagnóstico e reduzir o tempo do paciente para obter um parecer médico. Além disso, a inteligência artificial pode auxiliar na triagem de pacientes, identificando aqueles que requerem atenção urgente e direcionando-os para a assistência adequada.
Conheça os projetos de inteligência artificial da ANS
Em junho de 2023 a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), assinou três contratos com startups escolhidas na primeira rodada da seleção pública intitulada “Soluções de Inteligência Artificial para o Poder Público”, promovida pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação ( MCTI) , Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). A iniciativa teve como objetivo impactar a qualidade e o custo dos serviços públicos prestados ao cidadão.
Na ocasião o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, participou do evento de celebração dos contratos, realizado no auditório do MCTI, em Brasília, que contou com a presença das ministras Luciana Santos (MCTI) e Esther Dweck (MGI); e do presidente da FINEP, Celso Pansera.
“Ficamos lisonjeados com o convite do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Finep e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, por meio da Secretaria de Governo Digital, para participar dessa iniciativa. Para a ANS, esta seleção representa um reconhecimento do empenho da Agência no desenvolvimento do nosso Plano de Transformação Digital. Acreditamos que a possibilidade de incorporar os avanços científicos e tecnológicos da Inteligência Artificial na melhoria dos serviços públicos vai gerar valor para toda a sociedade, em especial, para os usuários de planos de saúde no Brasil”, declarou Rebello.
Confira os três projetos de IA desenvolvidos pela ANS:
Analista de Reclamação Digital: objetiva agilizar o atendimento aos beneficiários de planos de saúde que recorrem à ANS para garantir seus direitos de acesso à saúde, gerando efeitos diretos e relevantes para a população assistida na saúde suplementar;
Assistente de alteração de dados cadastrais dos regulados: o projeto busca qualificar e agilizar a atuação da fiscalização e regulação econômico-financeira da ANS nas operadoras de planos de saúde;
Uso de inteligência artificial no processo de Ressarcimento ao SUS: pretende tornar mais ágil e seguro o processo de ressarcimento ao SUS. Por lei, toda vez que um beneficiário de plano de saúde é atendido no SUS, a operadora do plano deve arcar com os custos desse tratamento, que precisa ser ressarcido aos cofres públicos. A ANS é a responsável por essa cobrança. A cada trimestre são identificados cerca de 120 mil atendimentos.
Via: SAUDI