Um estudo global encomendado pela Ciena chama a atenção para o crescente otimismo dos provedores de serviços de comunicações (CSPs) em relação à inteligência artificial (IA). Mais da metade dos engenheiros de telecomunicações e TI ouvidos acreditam que a utilização da IA irá melhorar a eficiência operacional da rede em 40% ou mais. Além disso, 85% dos entrevistados expressam confiança na capacidade dos CSPs de monetizar o tráfego de IA nas redes.
Conduzido em colaboração com a Censuswide, o estudo ouviu mais de 1500 engenheiros e gerentes de telecomunicações e TI de CSPs de 17 países ao redor do mundo responderam ao questionário.
Jürgen Hatheier, diretor internacional de tecnologia da Ciena, disse: "Compreender as tecnologias emergentes como a IA é um passo essencial para se manter competitivo no atual cenário digital, que está em constante mudança. A pesquisa destaca a perspectiva otimista de longo prazo dos CSPs em relação à capacidade da IA de melhorar a rede, bem como a necessidade de planejamento estratégico e investimentos em infraestrutura e experiência para concretizar plenamente os benefícios."
Benefícios da IA para a rede
Um tema chave do estudo é a opinião de que a IA irá aprimorar o desempenho da rede. Para isto, os participantes acreditam que serão necessárias novas soluções em infraestrutura e operações de rede de fibra. De acordo com o estudo, acredita-se que as estratégias mais populares para melhorarem o desempenho incluem a atualização das redes com novos softwares de análise de tráfego e rede (selecionadas por 49% dos entrevistados), juntamente com atualizações em switches e roteadores (43%) e investimento em tecnologia 800G (40%), destacando a abordagem multifacetada que os operadores estão adotando para fortalecer as capacidades de rede. De fato, quase todos (99%)[3] dos entrevistados[4] acreditam que precisarão atualizar as redes de fibra óptica para suportar mais tráfego de IA.
Oportunidades de receita impulsionadas pela IA
Globalmente, os CSPs acreditam que os setores que irão gerar mais tráfego de IA e, consequentemente, oportunidades de receitas, são os serviços financeiros (46%), seguidos por mídia e entretenimento (43%) e manufatura (38%).
Os entrevistados também veem vários caminhos para gerar receita com IA. Especificamente, 40% acreditam que será por meio da abertura de suas redes para integrações de terceiros; 37% acreditam que a receita virá de serviços de segurança e privacidade; o mesmo número (37%) acredita que virá de novas ofertas de produtos; 35% acreditam que será a partir da criação de pacotes de assinatura personalizados; e 34% acreditam que a receita virá da diferenciação na qualidade do serviço de conectividade.
Nuvem privada vs. nuvem pública
A pesquisa destaca o papel crítico da nuvem no suporte e utilização da IA em redes. 43% dos CSPs preferem a implantação de nuvem privada para serviços de IA, enquanto 37% têm a preferência por data centers de provedores de nuvem pública. Enquanto isso, apenas 21% dos entrevistados planejam adotar um modelo de nuvem híbrida.
Criação de emprego
De acordo com o estudo, 67%[5] dos CSPs preveem que a IA seja uma força para a criação de empregos e identificaram as principais áreas de especialização necessárias para o desenvolvimento e lançamento de serviços de IA, incluindo segurança cibernética (31%), seguida de aprendizado de máquina (30%) e programação (30%).
Diferenças globais
A pesquisa produziu resultados interessantes por país, mostrando como a confiança dos CSPs na monetização da IA pode variar significativamente. Destaca-se que os CSPs na Índia estão entre os mais confiantes (95%), enquanto os EUA estão entre os menos confiantes (55%). Houve diferenças semelhantes no otimismo em torno do impacto da IA na criação ou redução de empregos entre os CSP, com uma diferença de 50% para o México, que percebe uma maior criação de emprego; e o Japão que vê a menor (90% vs 40%)5. A pesquisa também revelou a amplitude de setores que diferentes países consideram impulsionadores do crescimento do tráfego de IA, com serviços financeiros, entretenimento, manufatura, saúde e educação a ocuparem o primeiro lugar em pelo menos um mercado.
Via: TI Inside