Vocês já devem saber sobre a carta assinada nos últimos dias por Musk e outros especialistas, que pedem uma pausa nos avanços da AI devido os riscos iminentes que esse progresso pode acarretar à sociedade. No entanto, existem algumas importantes variáveis que gostaria e devo dividir com vocês, como um executivo de tecnologia e há mais de 30 anos nesse jogo.
A história nos mostra que sempre em momento de grandes revoluções tecnológicas, os “mensageiros do caos” aparecem para ameaçar a utilidade humana frente a dinâmica do trabalho a qual estamos acostumados a alguns séculos. Isso é natural, repetitivo e previsível e vimos acontecer com o surgimento da internet e dos computadores.
O que me preocupa, na verdade, não é o conceito e sim a intenção. Há pontos interessantes contidos nessa carta que devem, sim, ser discutidos, a respeito da AI e todos seus progressos que possam ir contra os direitos inegáveis dos indivíduos. Todos envolvidos no progresso dessa tecnologia precisam estar atentos ao desenvolvimento sustentável dessa inovação, que apesar de ter entrado no hype há poucos anos, já é discutida e debatida há de décadas, por quem já é do ramo.
No entanto, o que me gera desconforto como mencionei, é a forma e a intenção – também previsível - como essa preocupação foi externada e divulgada. Olhando alguns portais e fontes confiáveis, como Motherboard e o ITIF (Information Technology & Innovation Foundation), já existe uma apuração que nos mostra a existência do “outro lado da história”. Segundo a Motherboard, diversos outros especialistas e estudiosos do tema não foram a favor da assinatura e vários que assinaram esse documento, inclusive, discordam do teor do documento.
Anteriormente ao estudo de verificação dessas assinaturas realizado pelo Instituto Future of Life após a repercussão do assunto, segundo o portal Motherboard, a carta começou com vários falsos assinantes, incluindo pessoas que se passavam pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, pelo presidente chinês, Xi Jinping, e pelo cientista-chefe de IA da Meta, Yann LeCun. Ninguém da Open AI, que desenvolve e comercializa a série GPT, assinou verdadeiramente a carta, diga-se de passagem. Ainda segundo a ITIF, “comparar modelos de linguagem como o GPT4 com a clonagem humana é infundado e com pouquíssimas evidências.
Minha reflexão é que possamos olhar o contexto de cima, com uma visão mais geral e entender que, por trás dos vários benefícios que essa tecnologia pode nos dar, existe uma “corrida armamentista” e política, para quem vai liderar o lado comercial dessa inovação.
Minha experiência e vivência de outros momentos revolucionário como esse, me dão a sabedoria de entender que existe um jogo obscuro e aguerrido nos bastidores e que jogam contra toda confiabilidade e entendimento real que a sociedade deveria ter sobre o assunto.
Por hora, além de aguardar os próximos capítulos, venha participar da 12ª edição do seminário Thinking Digital, que ocorre no espaço do RB1, no salão Barão de Mauá na próxima 2ª feira, dia 10 de abril, e conhecer em primeira mão, diretamente do Vale do Silício, qual o atual pensamento de pessoas diretamente envolvidas com o tema.
Segue o link para inscrição: https://bit.ly/thinking20 (Desconto de 20% com o cupom: THINKING20
--
Robert Janssen é CEO da OBR Ventures, empresa associada à Assespro-RJ que ajuda seus clientes a adquirirem maior competitividade para penetração em outros mercados e atração de investimentos.
Saiba mais em https://obr.global/