“Partnertition”: Mindset vital para uma cultura associativa que agrega valor para todos
Por Robert Janssen, Presidente da Assespro-RJ
A defesa de que a força do coletivo colaborativo proporciona todos seus integrantes observem algo maior e melhor do que uma simples jornada com ênfase individual, é algo que faz parte da cultura associativa. É no final é uma convicção que é exatamente essa força que contribui para o crescimento do mercado, beneficiando a todos participantes. No final um papel sempre inerente nas entidades de classe empresarial.
Mas dentro de um contexto concorrencial, a colaboração entre competidores acaba sendo apenas pontual, centrada apenas na oportunidade imediata, e não levando em conta possíveis contribuições relevantes que ajudam na consolidação do mercado.
Nos Estados Unidos, se alcunhou uma palavra “coopetition”, que faz a contração da cooperação com competição, é uma mistura de cooperação e competição. E certamente isso sempre pode produzir valores adicionais para os envolvidos. Mas acrescenta pouco como contribuição para o desenvolvimento estratégico do setor. Pois uma vez concluído o objeto em questão da cooperação conjunta, cada participante segue na sua trilha individual.
Um exemplo clássico é quando duas empresas de tecnologia colaboram no desenvolvimento de um novo padrão para uma tecnologia específica, mas ainda assim competem entre si na venda dos seus produtos. Esta estratégia pode levar à inovação ou o compartilhamento de custos, mas mantendo ao mesmo tempo as suas ações concorrenciais, e não agregando nada que possa beneficiar o mercado como um todo.
Por essa razão, sugeri adotarmos uma nova alcunha, que represente essa possibilidade maior de influência positiva no encaminhamento estratégico dos respectivos segmentos nos quais estamos envolvidos. E a isso chamei de “partnertition”.
O “partnertition” se refere a uma parceria mais profunda e colaborativa, onde as empresas trabalham juntas de uma forma mais integrada e de longo prazo. Isto vai além de uma mera aliança estratégica e envolve objetivos, recursos e riscos partilhados, com foco na criação de uma parceria sinérgica e de longo prazo com objetivos compartilhados.
Agora, o “partnertition” também exige um elevado nível de confiança e compromisso, uma vez que as empresas envolvidas acabam ficando profundamente conectadas através dos diversos compartilhamentos que ocorrem ao longo da jornada.
É esse tipo de relacionamento que pode proporcionar uma inovação mais significativa, a um posicionamento de mercado mais forte e a uma melhor utilização de recursos devido ao elevado nível de integração.
No final, defendo que, o posicionamento de uma atitude alicerçada na visão do “partnertition” é que se faz necessário para o sucesso de uma cultura associativa que tem foco em objetivos claros e resultados tangíveis.
E esse é o nosso espírito na Assespro. JUNTO SOMOS SEMPRE MAIS!